Boa noite povo!
Tudo bem com
vocês¿ Prometi que tentaria ser mais presente aqui no blog e estou me
esforçando para cumprir isso! Claro que nem sempre consigo dar conta de tudo
que gostaria de fazer, às vezes quando vejo alguma coisa legal eu penso: isso é
um assunto muito legal pra escrever pro blog! E aí sempre tem uma ou muitas
coisas mais pra fazer e quando eu deito na cama, morta de cansaço é que lembro
que ia escrever, aí já estou tão, mas tão cansada que não tenho coragem de
levantar.
Enfim, indo ao assunto que
inspirou o post de hoje, ontem à noite eu assisti um documentário bem curtinho
(tinha só 16 minutos) que se chamava “O segredo dos Lírios” e fiquei surpresa.
Apesar de serem poucos minutos, é um vídeo muito emocionante. Trata-se de três
mães que relatam as suas experiências com suas filhas, que são homossexuais.
Mulheres totalmente diferentes, contando, desde que as suas filhas eram
pequenas até o momento atual, passando pela desconfiança e pela confirmação da
opção sexual das filhas. O tema parece ser meio chato, eu mesma pensei que seria
apenas só mais um vídeo cheio de baboseiras sobre como o que importa é a
felicidade, mas que nenhuma mãe deseja uma filha lésbica, mas como aconteceu
vamos aceitar e blá, blá, blá, como sempre vemos em todos os lugares.
Isso, aliás, me fez lembrar um
trabalho que eu fiz pra faculdade em que o tema era homofobia. Me esforcei pra
caramba, fiz diversas entrevistas e até consegui convencer alguns amigos a
gravar vídeos com os seus depoimentos. Recebi montes de e-mails com as
informações que havia pedido e assisti aos vídeos que o pessoal gravou. Um
deles me chamou muito atenção. Era de uma menina de atualmente 18 anos (mas o
depoimento dela é de um caso que ocorreu quando ela tinha 14), que contou como
a família recebeu a notícia da sexualidade dela. Na narrativa ela diz que o pai
ficou dias sem falar com ela, e a primeira coisa depois desse tempo que ele
falou, foi que não tinha criado uma filha pra ser sapatão, e que ela sentiu na
frase dele que era preferível não tê-la, a tê-la sendo homossexual. Eu chorei
vendo aquilo, porque a dor na voz dela doía em mim. Foi terrível assimilar que
práticas de coação psicológica com essa acontecem sim, todos os dias na
sociedade brasileira.
Em uma determinada parte do
documentário, uma das mães diz que se perguntou onde havia errado na educação
da filha, e eu me perguntei porque essa é a pergunta retórica que todos os pais
sempre se fazem quando recebem esse tipo de notícia que julgam desagradável.
Por que a filha gostar de alguém do mesmo sexo é um erro de criação¿ De onde
vem esse autojulgamento tão injusto consigo mesma e com os filhos¿ Fiquei muito
impressionada de perceber a semelhança das mães do vídeo com as da vida real,
que são nossas amigas, vizinhas ou mesmo dentro de nossa própria casa.
Fiquei realmente muito emocionada
com esses depoimentos e espero profundamente que cada vez mais possamos propagar
o conhecimento e compartilhar experiências para que em um futuro não muito
distante tenhamos a oportunidade de ouvir e ver muito mais casos positivos do
que a pergunta: onde foi que eu errei¿!
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