terça-feira, 23 de julho de 2013

Flerte

Capítulo 45: Flerte

Rony não sabia que horas eram quando ele começou a acordar, não que isso realmente importasse. Era sábado e ele podia descansar o quanto quisesse. Então, pensando em checar as horas, ele virou-se e procurou por Hermione. Não era a primeira vez que ele procurava por ela ainda grogue de sono, somente para descobrir que ela não estava ao lado dele. A diferença era que ele não tinha simplesmente sonhado com ela. Ela tinha estado ali quando ele acabou dormindo involuntariamente, tinha certeza. Tinham passado boa parte da noite aos amassos, então ele esperava encontrá-la.

“Onde ela foi”? Conjecturou, enquanto abria os seus olhos a contragosto e observava o espaço vazio ao seu lado por um momento, antes de encarar seu relógio. “Maldição”, ele pensou, quando percebeu que já passava das oito, o que significava que ela não tinha somente dado um pulo no banheiro. “Então ela não vai voltar”, ele falou para si, rolando de barriga pra cima e cobrindo seus olhos com o braço, “isso não quer dizer que eu não possa voltar a dormir”.

Infelizmente, após dez minutos se virando e revirando, Rony percebeu que estava travando uma batalha perdida. Mesmo cansado como estava, ele simplesmente não conseguia dormir. Sua mente estava agitada, imaginando onde Hermione teria ido e o por que. E como se isso não fosse o bastante, seu estômago também estava agindo e rosnava audivelmente, como se dissesse “Ei! O que você está fazendo aí deitado enquanto a comida está lá embaixo?”

-Tudo bem, ele murmurou em defesa enquanto jogava as cobertas para o lado, arrastava-se para fora da cama e se vestia rapidamente, antes de se dirigir ao andar debaixo. -Eu já estou indo, então você poderia parar com isso?

-Você desceu cedo, Gina falou, quando viu seu irmão descendo as escadas para o Salão Comunal. Se ela estava esperando uma resposta, ela não recebeu nenhuma, pelo menos nenhuma falada. Tudo que Rony fez foi grunhir para ela enquanto se jogava no sofá. -Bom dia para você também, Gina disse, rolando os olhos para o teto antes de começar a andar de um lado para o outro em frente à janela.

-O que você está fazendo? Rony perguntou, reprimindo um bocejo enquanto observava os passos da irmã.

-Nada, Gina devolveu. -O que você está fazendo?

-Olhando você cavar um buraco no chão, aparentemente, ele respondeu.

-Oh, cale a boca.

-Tem alguém mal-humorada esta manhã, Rony implicou.

-Eu não estou de mau humor, ela insistiu, suas mãos agora em seus quadris. -Eu só estou...

-Nervosa? ele terminou por ela. -Eu percebi, ele adicionou, voltando sua atenção para a escada das garotas no instante que captou o movimento de alguém descendo, pelo canto dos olhos. Infelizmente não era a pessoa que ele esperava que fosse.

-Gostei de encontrar você aqui, Lilá falou para Rony, esquadrinhando rapidamente a sala antes de se aproximar dele.

-Onde está Harry? Parvati perguntou, aproximando-se atrás de sua melhor amiga.

-Sei lá, Rony respondeu honestamente. -Ainda dormindo, eu acho.

-Você acha? Parvati questionou.

-Bem, não é como se a primeira coisa que eu fizesse ao me levantar pela manhã fosse verificar a cama dele. Você já viu o Harry, Gin?

-Não, sua irmã respondeu, cravando seus olhos nas duas garotas conversando com seu irmão. -Talvez vocês possam perguntar para Hermione, ela adicionou, mencionando o nome da namorada dele de propósito somente para ver como as duas garotas reagiriam.

-Bem, aí está, Rony disse a Parvati. -Para que você quer saber, de qualquer modo?

-É um pouco estranho ver você aqui embaixo sozinho, Lilá falou, enquanto se sentava ao lado dele.

“Sozinho”? Gina perguntou a si mesma ultrajada. “O que diabos eu sou? Eu existo, sua vaca estúpida. Ninguém pediu para você vir aqui e se intrometer onde não foi chamada”.

-Vocês dois são inseparáveis, quando não estão brigando, Lilá adicionou. -Vocês não continuam brigados, continuam?

-Não, Rony respondeu bruscamente. -E eu não vou falar com vocês sobre isso, então não se deem ao trabalho de perguntar.

-É bom que vocês tenham se reconciliado, aliás, Parvati entrou na conversa. -Tenho certeza que Hermione apreciou isso.

-O que você quer dizer com isso? Gina reclamou do seu lugar perto da janela.

-Nada, Lilá disse rapidamente. -Só que isso tornará as coisas mais fáceis para ela, porque ela não terá que escolher um dos lados ou nada disso.

-Onde está Hermione, falando nisso? Rony perguntou a sua irmã.

-Ela desceu para o café bem cedinho, Gina respondeu. -Ela falou que tinha alguma coisa que ela precisava ler sobre algo que tinha que fazer, antes de encontrar conosco no campo mais tarde.
-Oh, Rony falou.

-Oh, é mesmo, Parvati falou, olhando para Gina. -Os testes para o time de quadribol são hoje. Então você vai tentar uma vaga para a posição de artilheira?

-Eu acredito que isso seja melhor do que ficar de reserva do apanhador, de qualquer modo, Lilá adicionou.

-Na verdade eu prefiro marcar a caçar, Gina respondeu honestamente, - então, mesmo que Harry não estivesse de volta ao time, eu ainda tentaria a vaga de artilheira.

-Bem, boa sorte, Parvati falou. -Não que você precise disso, tenho certeza. Você voa muito bem e já esteve no time ano passado.

-Ainda mais que você já tem dois votos ao seu favor, Harry disse, enquanto descia as escadas e entrava na conversa.

-Ei, fale por você mesmo. Rony objetou. -Eu vou votar naquele que for melhor, irmã ou não.

-Muito obrigada, Gina suspirou.

-Não que isso realmente importe, Rony continuou como se não a tivesse escutado. -Já que é Cátia quem dá a palavra final.

-Então, vocês estão esperando por Hermione? Harry perguntou, quando o estômago de Rony rugiu.

-Não, o ruivo respondeu se levantando. -Gina disse que ela já desceu sem a gente. Ela provavelmente está na biblioteca, enfurnada atrás de uma pilha de livros agora.
-Então vamos tomar café? Harry questionou, olhando para Rony e Gina.

-Perfeito para mim, Rony replicou, indo em direção ao buraco do retrato.

-Se importam se nós descermos junto com vocês? Parvati perguntou a Harry.

-Como quiser, ele respondeu, dando de ombros e seguindo Rony para fora do salão comunal. -Você vem, Gin?

“Você pode estar certo que eu vou”, ela pensou, se adiantando e seguindo Harry para fora do buraco do retrato.

                              ***

“Ok, isso está começando a ficar ridículo”, Gina pensou, olhando pasma para Lilá que agarrara o braço de seu irmão e apalpava-o enquanto elogiava-o pelo seu desempenho como goleiro.

-Eu mal posso esperar por essa tarde, a loira continuou animada, falando tão rápido que Rony não parecia capaz de interferir mesmo que ele quisesse. -Será tão excitante observar todos sendo testados. Fico imaginando se Simas irá participar. Eu aposto que sim. Ele está sempre falando sobre quadribol. Eu gostaria de saber se ele sabe alguma coisa. Bem, eu tenho certeza de que você é melhor. A sua família inteira joga, certo? Mesmo seus irmãos mais velhos. Eu quero dizer aqueles que não estiveram na escola conosco. Um deles não foi capitão do time de quadribol? Oh, será muito mais divertido ver você arrasando todos os outros essa tarde. Eu mal posso esperar.

“Oh! Meu! Deus”! Gina exclamou em sua mente, o prato de comida em que ela tinha estado beliscando desde que eles haviam sentado completamente esquecido enquanto ela observava a cena que se desenrolava à sua frente. “Espere um minuto. Onde diabos está Hermione”? ela perguntou a si mesma, ao olhar fixamente para seu irmão completamente aturdido.

Quinze minutos de um flerte vergonhoso não tinha sido o suficiente para alcançar sua cabeça estúpida, mas aparentemente experimentar aquilo na mesa do café tinha lhe dado uma dica e agora que ele havia percebido o que realmente estava acontecendo, ele estava mais horrorizado que sua irmã. Se o tamanho de seus olhos era alguma indicação, Rony finalmente via o trem descontrolado vindo em sua direção, ele somente não sabia como manter o diabo fora do caminho.

“Ao menos ela é um pouco mais discreta sobre isso”, Gina pensou, afastando seu prato e colocando sua atenção em Parvati que estava sentada do outro lado de Harry, passando-lhe uma cantada.

Não tinha mais nenhum jeito dela continuar comendo. Na verdade, em primeiro lugar, ela não estava com fome, mas observar a beldade de cabelos negros elogiar Harry por seus feitiços defensivos e dizer a ele o quão maravilhoso professor ele era, enquanto questionava a ele sobre o tempo ou se ele planejava recomeçar a A.D. era nauseante. Ao menos com Rony ela podia fingir que aquele ultraje que sentia era em nome de Hermione, mas lá no fundo ela sabia a verdade. Não era Lilá e não era Rony, era Parvati que deixava seu estômago embrulhado.

-Eu... uh... Eu tenho que ir, Rony exclamou de repente, levantando de um salto e se afastando da mesa da Grifinória devagar.

-Qual é o problema? Harry perguntou, enquanto ele e todos ao redor, encaravam Rony surpresos.

-Nada. Eu vejo vocês lá em cima, ele falou sobre os ombros ao se dirigir para a porta.

-O que diabos deu nele? Harry perguntou a Gina, que simplesmente deu de ombros. -Por que ele olhou daquele jeito para você? ele continuou. -Quero dizer, eu sei que ele fica nervoso com quadribol e tudo mais, mas você não acha que ele realmente está passando mal por isso, acha?

“Eu não acredito que tenha sido o quadribol que revirou o estômago dele”, Gina pensou seu olhar caindo sobre Lilá que olhava levemente desconcertada. -Eu não sei, ela respondeu, então uma inspiração surgiu e ela agiu por impulso. -Talvez você possa ir lá verificar como ele está.
-É, está bem, Harry concordou, se afastando e levantando da mesa. -Creio que nós iremos encontrar você no campo mais tarde, adicionou, girando e saindo dali.

-Certo, Gina falou, sentindo-se tão satisfeita quanto culpada, enquanto observava-o seguir seu irmão. Ela estava aliviada de vê-lo sair e não ajudava sentir-se um pouco satisfeita consigo mesma ao perceber o desapontamento na expressão do rosto de Parvati. Mas ao mesmo tempo sabia que não tinha o direito de interferir do jeito que fizera. Ela não tinha nenhum direito sobre Harry apesar de tudo.

-O que você fez com ele? ela ouviu Parvati sussurrar para sua amiga.

-Nada, a jovem loira reclinou-se e sussurrou de volta.

-Você não o apalpou debaixo da mesa, apalpou?

-Claro que não.

-Bem, você deve ter feito alguma coisa para assustá-lo e agora Harry foi atrás dele.

-Eu não fiz nada, Lilá insistiu. -Nada que você não estivesse fazendo, a propósito.

-Eu não sei, Li. Talvez você deva repensar isso. Quero dizer, ele parece meio reservado com você.

-Ele só está se fazendo de difícil.

-Essa é uma possibilidade, eu suponho, Parvati replicou em dúvida, - Mas eu acho que seja mais por ele ser um bobão.

-Ok, então ele é um pouco rude a princípio, mas nós podemos dar um jeito nisso e...

-Um pouco rude? Parvati cortou-a. -Ele praticamente arrancou minha cabeça outro dia quando eu perguntei o que estava acontecendo entre ele e Harry.

-Ele só estava sendo protetor com relação aos seus amigos, Lilá insistiu, - e eu acho isso legal.

-É, bem, Parvati respondeu, claramente não convencida, - Hermione é amiga dele e gritar com ela é o ponto de partida dele todos os dias.

-Isso não é culpa dele, entretanto, Lilá retorquiu numa voz calma. -Ela certamente não ajuda em nada. Ela está sempre o aborrecendo por alguma coisa.

-Bem, isso é verdade.

“Eu não devia fazer isso”, Gina pensou, ao se levantar e deixar as garotas conversando. “Você já tinha desistido dele, lembra”? ela se repreendeu, sentindo-se cada vez pior ao se aproximar das portas duplas do Salão Principal. “Ele nem mesmo sabe que eu existo. Está certo”, ela se corrigiu, “ele sabe que eu existo, mas não pensa em mim como nada além da irmãzinha de Rony. Isso é tudo que eu serei, então é melhor eu usar isso, porque nada irá mudar e interferir quando outras garotas flertarem com ele não ajuda em nada. Tudo que acontece é estar torturando a mim mesma”, ela pensou, sentindo-se completamente deprimida agora.

-Estou falando sério, Harry, ela ouviu o eco da voz de seu irmão cortar o corredor no momento que ela entrou ali. -Ela estava..., Rony começou a explicar e então hesitou, enquanto ele e seu melhor amigo começavam a subir os degraus de mármore da escada. -Ela continuou mexendo em meu braço enquanto estava tagarelando e me elogiando sem nenhuma razão e eu pensei... não, eu sei... ela ESTAVA me atacando.

-Ela só estava sendo gentil, Harry argumentou.

-Ela. Estava. Me. Tocando, Rony falou indignado.

-Então ela estava passando a mão pelo seu braço. Grande coisa.

-Passando a mão? Aquilo não era passar a mão. Ela também estava me deixando eriçado.

-Uhum, Harry respondeu, desconfiado. -Nós ainda estamos falando sobre o seu braço, certo?

-Não, ele tem razão, Gina falou, enquanto subia os degraus e seguia-os. -Eu a vi fazendo isso.

-VIU! Rony gritou triunfante. -Espere um minuto, ele adicionou, olhando para sua irmã incerto. -Você viu e... Você não vai contar para Hermione, vai?

-Contar a ela o que? Gina perguntou, - Que vocês dois estavam flertando durante o café da manhã?

-Mas eu não estava, Rony murmurou. -Eu só estava comendo e ela... ela estava...

-Oh relaxe, está bem. Eu não vou contar pra ela, sua irmã assegurou-o. -Você não fez nada de qualquer modo. Bem, isso não é de todo verdade, emendou. -Você abandonou Harry e saiu correndo.


-Harry não estava sendo apalpado.
-Então já evoluiu para 'apalpado' agora, não é? Harry brincou.

-Isso não é engraçado, Rony grunhiu.
-Na verdade é sim, Harry respondeu. -Você não concorda? ele perguntou a Gina.

“MALDIÇÃO”! ela xingou para si, quando Harry sorriu em sua direção e ela se sentiu compelida a concordar com ele a despeito do fato dela não achar a situação nem remotamente engraçada. É claro que era por causa do modo como isso a afetava. Se não fosse o caso, ela tinha que admitir que teria achado a reação de seu irmão um pouco mais que cômica, então ela decidiu que seria melhor continuar aquele jogo por mais algum tempo.

-Você devia ter visto o olhar dele quando percebeu o que estava acontecendo, Gina replicou. -Agora, aquilo foi engraçado.

-Oh, calem a boca! Rony exclamou sua face ganhando cor enquanto ele girava e continuava a marchar escadas acima sozinho.

-Você vem? Harry perguntou, começando a seguir atrás de Rony.

-Hum, não, Gina respondeu, apesar de continuar subindo as escadas. -Eu... uh... acho que vou até a biblioteca, ela continuou. -Tenho algumas tarefas que preciso terminar antes dos testes e tudo mais. Você sabe, porque mais tarde eu provavelmente estarei muito nervosa para me concentrar realmente.

-Er, ok, Harry falou, devolvendo-lhe um olhar cético. -Só que você não tem nenhum de seus livros.

-Oh, bem, Gina respondeu rapidamente, -isso é porque os livros ainda estão na biblioteca. Eu provavelmente deveria ter retirado eles mais cedo, mas eu gastei a maior parte do meu tempo livre praticando para estar pronta pra hoje. Eu tenho certeza que Hermione estará apta a me ajudar a encontrar o que eu preciso e eu só preciso pegar um pouco de pergaminho emprestado com ela. Bem, eu vejo você mais tarde, disse apressando o passo e correndo escada acima na frente dele.
                                   ***
“Bem, isso é algo mais para eu me sentir culpada”, Gina pensou ao andar pelo corredor do quarto andar no seu caminho até a biblioteca. “Já não era ruim o suficiente que eu tenha enfiado meu nariz nos assuntos de Harry e o enganado para que ele se afastasse de Parvati, mas então eu tinha que segui-lo para mentir para ele? O que supostamente eu queria afinal? Eu poderia muito bem contar a ele a verdade”, ela pensou com um lamento. “Eu realmente preciso conversar com Hermione sobre isso. Mesmo se ela não tiver nenhum conselho útil, eu tenho que contar a alguém e eu sei que posso confiar nela para guardar isso pra si”.

Infelizmente, Hermione não estava em nenhum lugar para ser encontrada. Gina procurou em toda a biblioteca, em vão. Se ela estava lendo, não era ali.

Talvez ela já tenha conseguido o que queria e voltado lá para cima, Gina pensou, enquanto fazia devagar seu caminho de volta à Torre da Grifinória. Mas quando ela entrou no Salão Comunal, sua amiga não estava ali tampouco. Felizmente seu irmão e Harry também não estavam então ela foi capaz de escapulir pra o dormitório das garotas sem ser vista.

Ela não estava ansiosa com a ideia de ir até o quarto de Hermione, em grande parte porque não queria realmente encontrar-se com Parvati de novo tão cedo, mas como aquele era o único lugar que ela podia pensar em procurar, não teve muita escolha. Ela não precisava ter se preocupado de qualquer forma. Quando ela finalmente alcançou o dormitório das garotas do sexto ano, ele estava vazio.

Sem ideias sobre onde procurar, Gina voltou ao seu próprio dormitório, sabendo que cedo ou tarde Hermione iria aparecer e até lá ela só tinha que arrumar um jeito de se distrair de tudo aquilo.

-Além do mais, você tem coisas mais importantes para se preocupar, Gina relembrou-se, jogando-se em sua cama. -Você precisa se concentrar no quadribol agora, murmurou, alcançando a cópia de ‘Derrotando os Inúteis - um Estudo de Estratégias Defensivas no Quadribol’ que estava aberto na mesa ao lado de sua cama. -Você pode pensar em rapazes depois.
                                     ***

Hermione finalmente apareceu no Salão Principal logo após seus amigos terem terminado de almoçar e estarem prontos para irem ao campo se aquecerem para os testes de quadribol.

-Eu preciso falar com você, Rony ficou para trás e sussurrou para sua namorada, após ela apanhar um pouco de queijo e uma maçã da mesa da Grifinória e segui-los.

-Bem, Hermione perguntou enquanto seguiam Harry e Gina pelo corredor até o Saguão de Entrada e de lá para os jardins. -O que é?

-Uh... não agora, Rony respondeu baixinho. -Depois dos testes, adicionou. -Você pode ficar esperando com Gina enquanto o time conversa e Cátia toma sua decisão, certo? ele perguntou, seus olhos pulando dela para Harry e sua irmã, que ainda estavam andando um pouco a frente deles. -Certo então, ele continuou quando Hermione balançou a cabeça em resposta a sua pergunta. -Eu falarei com você depois.

-Por que não agora? Hermione perguntou vincando sua testa até que uma sobrancelha se juntasse a outra. -Se alguma coisa está errada é melhor eu saber sobre isso...

-Não tem nada errado, ele assegurou-a. - Não é nada disso. É só... algo estranho aconteceu durante o café e... Eu vou te contar sobre isso mais tarde, ele adicionou, quando Harry parou de andar e virou de costas para olhar para eles.

-Então, onde você esteve esse tempo todo? Harry perguntou a Hermione.

-O que? ela respondeu, um tanto espantada pela pergunta. -Gina não falou para vocês? Eu estava lendo sobre algo que tenho que fazer.

-Mas você não estava na biblioteca, Gina disse. -Eu conferi.

-Lá não tem os livros que eu precisava, Hermione admitiu, - então eu fui até a Sala Precisa.

-Você encontrou o que estava procurando? Rony perguntou, de um modo que ele esperava ser casual.

-Mais do que eu esperava, na verdade, ela respondeu. -Infelizmente a maioria dos livros que eu olhei continha a mesma informação. Principalmente dados históricos e coisas assim. Eu acredito que terei que voltar lá amanhã.

-Você é a única pessoa que eu conheço que usa a Sala Precisa como Sala de Estudos, Gina falou, balançando sua cabeça tristemente.

-Então, o que vocês três ficaram fazendo? Hermione perguntou, ignorando o comentário de sua amiga ruiva e rapidamente mudando de assunto.

-Er... Rony resmungou.

-Deixe-me adivinhar, Hermione falou. -Xadrez?

-E Snaps Explosivos, Harry replicou.

-Vocês fizeram algum trabalho de casa?

-Na verdade não, Rony respondeu, ainda que um tanto relutante. -Oh vamos lá, ele exclamou quando ela franziu os lábios e deu a ele um olhar desaprovador. -Você não esperava realmente que nós trabalhássemos naquele monte de ensaios chatos sem você ele declarou. -Nós sempre estudamos História da Magia juntos.

-Uhum, ela respondeu, claramente não comprando as desculpas dele, -porque vocês precisam de minhas anotações.

-Não só das suas anotações, Rony devolveu, com um sorriso torto. -Eu preciso...

-Não, Harry exclamou, tão logo percebeu o que os seus amigos estavam fazendo.

-... de você também, Rony finalizou.

-Oh deus, Harry gemeu, fazendo uma careta de desgosto. -Você precisava mesmo dizer isso na minha frente?

-O que? Rony perguntou inocentemente. -Nós precisamos! Eu queria ver você terminar seus trabalhos sem a ajuda dela.

-Não é disso que eu estou falando, Harry protestou.

-Bem, não, o ruivo admitiu suas orelhas corando levemente. -Não totalmente, mas funciona dos dois jeitos, não é?

-Eu não posso acreditar... vocês estão... flertando, ele falou, torcendo seu rosto com repulsa. -Na minha frente.

-Não, eu não estou, Rony protestou, sua face ganhando o mesmo tom de seus cabelos e orelhas.

-Isso não foi nada, Gina zombou. -Espere até você entrar num lugar e pegar os dois num amasso. Senhor! Fred pegou os dois no chuveiro.

-GINA! Hermione esganiçou, corando tão profundamente que seu rosto vermelho na verdade suplantava os de Rony e Harry.

-Eu vou matar aquele maldito idiota, Rony murmurou entredentes.

-Então isso é verdade afinal? Gina perguntou com um sorriso malicioso, igual aqueles que seus irmãos gêmeos davam quando pregavam alguma peça.

-Não é não, Hermione exclamou indignada. -Ele nos pegou no banheiro, ela corrigiu, como se isso fizesse alguma diferença. Embora, tecnicamente falando, eles tivessem estado no chuveiro na ocasião, mas Fred não tinha como ter certeza e Hermione não iria admitir isso a ninguém.

-Bem, ai está, Harry, Gina falou presunçosamente. -Eu espero que essa agradável imagem mental deva ser suficiente.

-Para que? ele retorquiu, seus olhos verdes arregalados de horror atrás de seus óculos. -Para me marcar pelo resto da vida?

-É melhor lidar com isso agora, ela respondeu, dando em seu braço um tapinha amigável. -Possivelmente nada que você esteja sujeito a ver pode ser pior que isso, então você vai ver, o pior já passou e todos nós poderemos seguir em frente.

-Fale por si mesma, os dois rapazes resmungaram ao mesmo tempo enquanto desviavam seus olhos para o chão.

-Ah, qual é, Gina riu baixinho. -Isso não é tão ruim. Eu sempre posso contar a você como eu descobri.

-NÃO! Harry insistiu, estendendo sua mão à frente para pará-la. -Eu não quero saber, ele disse, chacoalhando sua cabeça como se isso pudesse apagar as imagens em sua mente. -Eu vou me trocar e então vou jogar quadribol e fingir que toda essa conversa nunca aconteceu. É isso, ele falou a si mesmo, enquanto se afastava de seus amigos. -Isso nunca aconteceu.

-O que? Gina perguntou quando Rony passou a encará-la. -Ele irá pegar vocês dois no ato eventualmente. Todos nós pegamos, até o papai.

-Oh, cale-se, Rony exclamou, corando novamente. -Nós não somos assim.

-Sim, vocês são, sua irmã corrigiu. -E vocês vão ficar cada vez pior. Vocês passaram ontem o tempo quase todo sorridentes e com olhares melosos um para o outro e francamente isso é um pouco irritante, então parem com isso, está bem?

-Não, Rony respondeu calmamente. -Se você não gosta disso, não tem que olhar.

-Mas Harry vai, e vocês estão deixando-o desconfortável.

-Mas não fui eu quem o deixou desconfortável, seu irmão devolveu. -Foi você e suas 'imagens mentais’. Eu não posso acreditar que você contou aquilo pra ele. Eu devia saber que Fred não iria manter aquilo só pra si, mas contar a você...

-Ele não contou, Gina confessou. -Eu escutei por acaso ele e Jorge conversando sobre isso naquela noite depois que você escapuliu para o nosso quarto.

-Malditas orelhas extensíveis.

-Ron, Hermione falou, colocando sua mão no braço dele num esforço para acalmá-lo antes que ele se exaltasse. -Ela só estava tentando ajudar e ela tem razão. Nós provavelmente podemos pegar mais leve pelo bem de Harry.

-Eu não quero pegar mais leve, Rony declarou irritado. -Eu não quero mais esconder isso, adicionou. -E eu não quero outras garotas me atacando em pleno café da manhã.

-O QUE! Hermione exclamou surpresa. -QUEM?

-Isso não importa, Rony falou. -O caso é que uma vez que elas saibam sobre nós, elas irão parar de fazer isso.

-Certamente que isso importa, Hermione devolveu rapidamente, virando de costas pra ele e olhando diretamente para Gina. -Foi a Lilá, não foi? ela perguntou, seus olhos dardejando quando Gina balançou a cabeça.

-Você sabia? Rony exclamou chocado? -Mas... como?

-Ela esteve me perguntando sobre você. Sobre você e Harry na verdade, Hermione admitiu sua voz visivelmente mais calma agora.

-Ela está atrás do Harry também? ele perguntou, sua testa franzida em confusão.

-Não, Parvati está, seu tolo, Gina interrompeu. -Honestamente, você dois podiam ser mais tapados?

-EI! Rony gritou.

-O que aconteceu? Hermione falou as duas garotas ignorando completamente sua explosão.

-Não foi nada, Gina assegurou-a. - Só um pouco de flerte inocente. Lilá tocou o braço dele e no  instante em que ele percebeu o que estava acontecendo, ele se levantou e saiu.

-Eu ainda estou aqui, vocês sabiam? Rony falou alto.

-Não, eu quero dizer com o Harry, Hermione falou. -Você ficou... uh...quero dizer, ele percebeu o que estava acontecendo?

-Ela ficou o que? Rony perguntou a Hermione, seus olhos indo e vindo entre ela e sua irmã.

-Totalmente estúpido, Gina respondeu, embora se ela estava falando dele ou de Harry agora, Rony não tivesse certeza.

-De quem vocês estão falando? ele perguntou impaciente.

-Parvati, Hermione respondeu.

-Parvati está interessada em Harry? Rony questionou. -Desde quando?

-Desde que ela e Lilá decidiram que seria divertido 'melhores amigas namorarem melhores amigos', sua irmã falou com uma careta.

-Namorar? ele exclamou com um olhar de repulsa.

-Temo que sim, Hermione suspirou.

-Elas tiveram a coragem de pedir conselhos a Hermione, sua irmã adicionou.

-Espere um minuto, Rony falou incrédulo, seus olhos azuis cravados nos da sua namorada. -Deixe-me entender isso direito. Lilá Brown, pediu a você, ele disse, apontando seu dedo na direção de Hermione, - conselhos sobre como podia me conquistar?

-Exato, Gina falou calmamente.

-Você e Harry, na verdade, ela respondeu, enquanto Rony olhava pasmo para ela.

-E? ele guinchou, quando ela não elaborou nenhuma resposta.

-E o que? Hermione perguntou.

-O que você disse a ela? ele reclamou.

-Nada, Gina respondeu por ela. -Ela saiu ventando do quarto, zangada.

-Hermione!

-O que? ela exclamou defensivamente. -Eu não sabia o que dizer.

-Que tal, 'ele já está namorando sua melhor amiga, então deixe ele em paz?’

-Isso poderia ter funcionado, Gina zombou. -É claro que a escola inteira estaria repleta de rumores sobre você e Harry.

-Você não está ajudando, Hermione reclamou com sua amiga.

-Bem isso é verdade, ela retorquiu, rindo ainda mais quando viu a expressão horrorizada no rosto de seu irmão.

-Eu não acredito que isto está acontecendo, Rony falou, mais para si mesmo do que para qualquer outra pessoa. -Se algum cara me pedir algum conselho sobre você eu vou...

-Adverti-lo, Hermione replicou.

-Expulsá-lo aos socos é mais provável, Gina murmurou baixinho.

-E que bem isso fará? Hermione continuou. -Nenhum, ela falou, em resposta a sua própria questão. -Na melhor das hipóteses irá parecer mais como um amigo superprotetor.

-Ou um idiota ciumento, sua irmã adicionou.

-Você não vê? Não importa o que eu diga. Isso não vai dissuadi-la. A única coisa que eu poderia ter feito seria contar a ela que você já tem namorada e eu não podia porque o Harry ainda não sabia sobre a gente.

-Bem, você pode contar a ela agora, Rony falou, cruzando seus braços em frente ao peito.

-Não sem que toda a escola fique sabendo, ela lembrou-o. -Você realmente acha que o Harry já está pronto pra isso?

-Provavelmente não, ele admitiu a contragosto. -Mas... você ainda pode dizer a ela que eu não estou interessado.

-Eu posso, Hermione respondeu. -Eu adoraria na verdade, mas isso não significa nada vindo de mim. Ela não vai acreditar nisso a menos que ela escute de você.

-DE MIM! Rony gritou. -Sem chance. Eu não vou chegar nem perto dela.

-Você não pode fugir dela pra sempre, Gina lembrou-o. -Vocês tem aulas juntos.

-É, bem, ela pode desistir, ele devolveu rabugento.

-Bem agora é a sua chance de dizer isso a ela, sua irmã informou-o, gesticulando na direção das garotas que tinham acabado de deixar o castelo e estavam calmamente caminhando juntas na direção do campo.

“Inferno sangrento”, Rony grunhiu em sua mente, quando viu Lilá e as irmãs Patil no meio do grupo vindo na direção deles. -Venha, ele disse, agarrando a mão de Hermione e puxando-a, sabendo que se ele conseguisse alcançar o vestiário antes que elas os vissem, ele estaria seguro. -Vamos lá.

-Está bem, ela aquiesceu, seguindo-o por sua própria vontade. “Não é o momento de pressioná-lo com isso, de qualquer modo, decidiu. Ele vai lidar com isso eventualmente e se ele não conseguir, eu vou”, ela pensou, apesar da reprimenda que acabara de dar a ele. Logicamente ela sabia que as palavras teriam mais força se viessem de Rony, mas ainda tinha uma parte dela que desejava fazer isso ela mesma. Ela iria segurar sua língua por agora, mas tão logo Harry se acostumasse com eles estando juntos, ela iria conversar com Lilá Brown sobre isso.
                                                                          *

Tentação

Capítulo 44: Tentação

Já passava muito da meia noite quando as cortinas da cama de dossel de Rony foram afastadas e Hermione entrou. Ainda assim, Rony estava completamente acordado e mais que um pouco surpreso de vê-la inteiramente vestida, coberta por um par de jeans desbotados e uma blusa extralarga, em vez do robe que ele tinha suspeitado.

-Eu estava começando a pensar que você não viria, ele falou após ela impertubalizar a cama e abaixar sua varinha.

-Oh, Hermione exclamou, virando-se surpresa e olhando fixamente para Rony, que estava deitado com um de seus braços dobrado sob a cabeça. -Eu queria ter certeza que Parvati e Lilá estavam realmente dormindo primeiro. Desculpe-me. Eu nem me dei conta que você estaria me esperando.

-Não estava, ele respondeu, enquanto continuava analisando as roupas não convencionais que ela usara para dormir. -Está bem, eu estava, admitiu, quando ela deu a ele um olhar aguçado. -Mas essa não foi a única razão. Eu não consigo dormir. Suponho que tenho muita coisa na minha mente.

-Como o que? Hermione perguntou, enquanto se estirava e começava a desabotoar suas jeans.

-Como por que você está vestida assim, para começar.

-Eu não podia exatamente trazer uma muda de roupas comigo, ela explicou, rebolando para tirar as jeans. -Deixar meus sapatos embaixo da sua cama já é ruim o suficiente. Mas desse modo se alguém me apanhar aqui de manhã, eu estarei totalmente vestida e nós poderemos escapar de perguntas embaraçosas.

-Isso soa como um bom plano, Rony replicou com um sorriso malicioso, -só existe uma falha.

-Que é?

-Você não tem nada para dormir aqui.

-Sim, eu tenho. Essa camiseta, ela retorquiu, apontando para a camiseta azul-marinho que ele estava usando. -Me dê ela.

-Se eu não der, perguntou divertido, - você iria dormir de topless? Porque se um de nós tiver que fazer, eu prefiro que seja você.

-Oh, você simplesmente iria adorar isso, não iria?

-Não se preocupe, amor. Eu irei manter você aquecida, ele respondeu com um sorriso torto.

-Eu posso apostar que sim. Talvez eu deva voltar para o meu próprio dormitório.

-Não, Rony protestou, segurando no braço dela e puxando-a para cima da cama até que ela deitasse ao lado dele. -Eu serei bonzinho. Prometo. Você pode ficar com a minha camiseta, ele falou, tirando-a pela cabeça rapidamente e entregando para ela pegar.

-Não, está tudo bem, Hermione respondeu, ficando de joelhos e desabotoando sua blusa com as duas mãos. -Eu já tenho uma, obrigada, adicionou, enquanto retirava a sua blusa para revelar a camiseta do Chudley Cannons dele, a qual ela tinha amarrado em volta da cintura num esforço de manter seu tamanho normal. -Eu só queria ver se conseguia que você fizesse topless.

-Sua espertinha, ele riu, observando-a trabalhar no nó com os dedos. -Oh bem, ele murmurou desapontado, quando o nó se desfez e a barra de sua camisa cobriu a barriga e as coxas dela. -Então eu acho que você não está mais precisando dessa, ele falou, atirando a camiseta que estava caída aos seus pés para fora da cama, onde as jeans velhas dela estavam largadas. -Ou isso, ele adicionou, agarrando a blusa dela e arremessando-a na pilha.
-Então, no que você estava realmente pensando? Hermione perguntou, enquanto deslizava para dentro das cobertas e aconchegava-se a ele antes de descansar sua cabeça no canto do travesseiro dele. -Porque eu sei que não era sobre o que eu estaria usando.

-Oh, você sabe, Rony respondeu, evasivo. -Só coisas.

“Sim, coisas”, ele pensou. Essa era uma boa palavra para descrever sobre o que ele tinha estado ponderando. Não tinha sido somente uma coisa em particular, ele tinha estado pensando sobre o dia como um todo. Ele pensara sobre o que acontecera na aula de Defesa Contra as Artes das Trevas naquela manhã e imaginou se algum de seus colegas de classe havia descoberto alguma coisa. Hermione não parecia achar que eles tinham. Ela falara que eles estavam provavelmente tão chocados e tão concentrados no Bicho-papão para prestarem muita atenção no que eles estavam cochichando um com o outro. Contudo ele não podia evitar imaginar que esse fosse apenas um desejo da parte dela. Simas, pelo menos, tinha percebido que eles dois sabiam qual forma o bicho-papão dela tomaria. Felizmente ele não tinha notado nada mais, porque Hermione pensava que eles deviam manter a relação deles em segredo até que tivessem certeza que Harry se sentia bem com isso.

Ele tinha gasto uma boa parte do tempo pensando sobre Harry também. Ele finalmente dava a impressão de estar mudando de ideia, embora Rony suspeitasse que isso tinha mais a ver com o choque que ele recebera ao ver o bicho-papão de Hermione em primeira mão, do que o fato dele estar realmente mais confortável com a ideia deles dois serem um casal. Isso ia tomar mais um tempo. Harry não lidava com mudanças muito bem e o fato dele estar agora saindo com Hermione mudava bastante as coisas.

É claro que ele não estava mais somente saindo com ela. Eles estavam noivos. Rony ainda não tinha realmente envolvido sua mente nisso. Ele iria se casar com Hermione em poucas semanas e não era simplesmente porque eles tinham que fazer para a poção de proteção dela funcionar. Eles iriam fazer isso porque eles queriam e seria de verdade. Ele ainda não podia acreditar que realmente tinha pedido ela em casamento; que ele realmente tinha dito as palavras em voz alta. Ele as tinha dito, em sua cabeça, algumas vezes só para testá-las, mas soava tão bobo que ele nunca pensou que teria coragem de falar para ela. É claro que ela o tinha forçado a fazer isso, mas agora que tinha feito, ele estava contente que ela tivesse feito. Se ele soubesse que Hermione teria uma reação daquelas ele a teria pedido em casamento há muito tempo.

Ele ficara completamente perplexo quando, ao chegar do treino de quadribol junto com Harry e sua irmã, encontrou Hermione esperando por ele no salão comunal. Ela nem mesmo se importou de inventar uma desculpa para ludibriar Harry. Ela tinha simplesmente falado que agora que eles tinham acabado com o 'compromisso masculino', ela queria algum tempo com ele e antes que Rony entendesse o que tinha acontecido, ela conduziu-o até a Sala Precisa, empurrou-o para dentro e atacou-o.

Quem podia imaginar que estar comprometida iria deixá-la excitada de verdade? Rony pensou com um sorriso. Não que ele estivesse se queixando ou algo assim. Eles tinham tido um momento muito bom. Tão bom de fato, que ele não queria parar e descer para o jantar. Infelizmente ela tinha insistido. Agora que ela estava ali, talvez eles pudessem terminar o que tinham começado.

-Coisas? ela respondeu ceticamente.

-Sim, Rony replicou.

-Foi somente outro treino, Hermione falou, mudando sua cabeça do travesseiro para o peito dele. -Para você pelo menos. Você não será testado nas seletivas. Você já está no time.

-Mas eu continuo tendo que estar de acordo com qualquer um que participar dos testes, ele replicou, quando percebeu que ela pensava que ele estivesse preocupado com os testes de quadribol que se dariam na tarde seguinte. E ela estava certa, é claro. Sua ansiedade com o quadribol tinha estado misturada com todas as outras 'coisas' que ele estivera ponderando. -Como eu irei ficar se todos eles meterem as bolas em mim? Rony perguntou, segurando inconscientemente os cabelos dela e correndo seus dedos por eles gentilmente. Só depois que a pergunta saiu de sua boca, ele desejou poder trazê-la de volta, porque Hermione estava deitada em sua cama, ao lado ele e a palavra 'meter' invocava imagens que não tinham absolutamente nada a ver com suas habilidades de goleiro. “Tire seus pensamentos daí”, ele ralhou consigo mesmo.

-Alguns deles terão que meter, Hermione respondeu, obviamente entendendo o significado da palavra que acabara de usar. -Como então você seria capaz de dizer se eles são bons?

“Oh Deus”!

-Se você bloquear todos os lances possíveis, todos eles estariam na mesma e ninguém poderia sair, ela continuou, tentando genuinamente ajudar.

-Tem outras coisas a se levar em consideração, Rony respondeu, tentando manter sua mente na conversa e falhando miseravelmente.

-Como o que?

-Velocidade, agilidade, o quanto de controle eles tem sobre suas vassouras.

“INFERNO SANGRENTO”! ele gemeu alto em sua cabeça, quando aquelas habilidades inesperadamente tomaram outro significado. “Você perdeu completamente o controle do 'cabo da sua vassoura'”, seu grande pervertido.

-Especialmente quando eles estão no controle da goles, ele continuou, tentando soar o mais normal possível, -e não podem usar as duas mãos.

“Merda”!

-E isso é só para conseguirem marcar.

“Bem, é oficial. Ela é a ruína do quadribol. Eu nem mesmo posso falar nele sem pensar sobre sexo. Como, pelo diabo, eu posso pensar em jogar amanhã? Toda vez que eu ver a goles, eu irei começar a pensar em seios. Isso é malditamente maravilhoso. Eu provavelmente vou perder todos os lances”.

-E tem também as habilidades deles em trabalhar com os companheiros de time para se considerar, Rony continuou, ainda tentando agir como se nada estivesse errado. -Passar, guardar, interceptar e... você não se importa realmente com nada disso, não é? ele perguntou.

-Particularmente não, Hermione admitiu. -Mas você se importa e se o que você acabou de falar é verdade, então a responsabilidade não está somente sobre seus ombros. Você não é aquele que os seus companheiros de time irão examinar.

“Eu não estou tão certo sobre isso”, Rony pensou. “Cedo ou tarde alguém irá notar o 'cabo da minha vassoura' e quando fizerem eu posso garantir que todos os olhos irão estar sobre mim”.

-E só porque alguém vai marcar em você, Hermione continuou, cega para o esforço dele, - isso não significa que você seja ruim. Talvez signifique que eles são realmente bons e não é isso que você quer? Todos esses testes são para encontrar os melhores artilheiros.

-Sim, mas...

-É somente outro treino, Ron. Não é um jogo. Ninguém irá contar os pontos. É exatamente a mesma coisa que você esteve fazendo a semana inteira com a Gina, só que desta vez, Katie estará observando-a.

-Eu acho, ele falou meio desanimado.

-Você não está se sentindo melhor, está?

-Não, não realmente, Rony gemeu. “Na verdade está um pouco mais difícil agora”, ele pensou. -Mas obrigado por tentar.

-Então... hum... você quer que eu vá?

-Você não foi a nenhum dos meu outros 'treinos', ele falou, grato por ela ainda não ter percebido nada. Embora isso não fosse demorar, dado ao seu atual estado e ele não poder saber, mas imaginar, como ela iria reagir.

-Você me quer lá? Hermione perguntou.

-Você irá observar o que eu fizer?

-É claro que eu vou.

-Sem um livro, ou suas anotações, ou qualquer coisa parecida com trabalho escolar?

-A menos que nós tenhamos um teste ou um trabalho para entregar, ela respondeu, após considerar seriamente. -Mas eu não quero deixá-lo desconfortável.

“Muito tarde para isso”, ele pensou, mexendo-se impaciente.

-Você quer me acompanhar? ele perguntou.

-Aos testes ou aos seus treinos? Hermione perguntou, levantando sua cabeça do peito dele e ajeitando-se sobre o cotovelo de forma que pudesse olhar para ele.

-Os dois.

-Bem, ela falou, -as pessoas irão perceber.

-E daí? Rony respondeu, rolando de lado para encará-la, mas tendo a certeza de manter uma distância.

-Se eles me perguntarem por que eu estou observando seus treinos, o que é suposto que eu diga? Hermione perguntou.

-Diga a eles que isso é assunto nosso.

“Como se isso funcionasse”, ela pensou, rolando os olhos.

-Então você quer me acompanhar? Rony perguntou, arqueando sua sobrancelha sugestivamente, enquanto seu braço passava pelas costas dela e a trazia mais para perto.

-RON! Hermione exclamou surpresa, quando ele mudou de posição e ela sentiu sua ereção contra seu abdome.

-O que? ele perguntou inocentemente, a despeito do olhar convencido em seu rosto sugerir que ele sabia exatamente sobre o que ela estava falando. “Você certamente não se queixou esta tarde”.

-Você está louco? Ela guinchou, colocando suas mãos no peito dele e empurrando-o quando ele tentou aproximá-la. -Tem outras pessoas no quarto.

-Eles não podem nos ouvir, ele assegurou-a, antes de inclinar-se e pressionar sua boca contra o pescoço dela. -Não é como se eles soubessem que você está aqui ou nada assim, ele murmurou entre beijos suaves.

-Mas... mas... eu sei, Hermione protestou, suas mãos ainda sobre o tórax dele, mas bem longe de tentar empurrá-lo para longe. -Nós não podemos, ela falou, embora se ela estava tentando convencer a si mesma ou a ele, Rony não tivesse muita certeza. -Não com outras pessoas no quarto.

“Você está me matando aqui”.

-Nós podemos descer para o Salão comunal, ele sugeriu. -Não tem mais ninguém lá embaixo.

-Você é impossível, Hermione falou, empurrando-o com força e manobrando para se libertar quando ele caiu de costas.

-Impossível de se resistir? Rony perguntou, ficando sobre os cotovelos e dando a ela um de seus sorrisos tortos.

-Sem mencionar arrogante, ela devolveu, tentando manter o rosto sério, mas no final tendo que morder seu lábio para não sorrir de volta.

-Isso é um não? Rony perguntou, fingindo-se de magoado.

-Sim, é um não, ela respondeu. -Eu não vou descer até o salão comunal com você para fazer isso. Qualquer um poderia aparecer e nos ver.

-Banheiro masculino? ele sugeriu, olhando para ela esperançoso a despeito do fato de já saber que ela iria rejeitar essa ideia também. “Quando ela disser não, eu terei que agir por conta própria”.

-Eu estou confortável aqui, Hermione replicou, se aproximando rapidamente e surpreendendo-o ao inclinar-se e pressionar seus lábios nos dele.

Mesmo enquanto seu braço rodeava os ombros dela e ele a beijava de volta, Rony estava tentando entender se esse era um simples beijo de boa noite ou um convite para algo mais. “Pervertido”, ele pensou, estremecendo quando ao virar de lado, acidentalmente roçou seu corpo no dela. -Retire o Feitiço da Impertubabilidade por um minuto, ele falou, afastando-se dela e sentando-se com uma careta.

-Por quê? Hermione perguntou claramente surpreendida pelo pedido. -O que você está... Aonde você vai? ela perguntou, quando o viu jogar as colchas para o lado e ficar de joelhos.

-Tomar um banho frio.

-Não, você não vai, ela insistiu, agarrando-o pelos ombros e empurrando-o de costas.

-Mione, eu... eu realmente preciso ir...

-Não, você não precisa, ela disse, movendo-se para beijá-lo novamente.

-Mas... você disse...

-Eu disse que estava confortável aqui, ela respondeu, dando a ele um olhar aguçado enquanto esperava que o significado de suas palavras o atingisse.

-Mas os outros...

-Não podem nos ver ou ouvir, você mesmo disse. Não enquanto nós estivermos aqui, mas se nós sairmos, eles poderão, então eu tive que mudar de ideia. O melhor lugar para fazer isso é aqui.

-Fazer o que? ele perguntou, sem nem mesmo parar para pensar. -Você... oh... falou, seguindo sua declaração de um curto gemido quando a mão dela passou sobre a seu tenda armada na calça do seu pijama. -Você... você... não tem que fazer, ele disse, embora fosse mais porque ele pensava que devia, do que porque queria que ela parasse.

-Você ia realmente tomar um banho gelado? Hermione questionou, pressionando sua mão firmemente contra ele. -Ou ia cuidar disso por conta própria?

-HERMIONE! Rony exclamou, chocado e horrorizado pelo fato dela pensar que ele quisesse escapar para poder se masturbar. Não importava que tivesse um pouco de verdade naquela acusação. Ela não devia, supostamente, saber ou falar sobre isso.

-Eu posso ver você? ela perguntou, longe de parecer inocente.

-NÃO! ele gritou, seu rosto e suas orelhas corando até um profundo tom de vermelho, quase do mesmo tom das cortinas de veludo que circundavam sua cama.

-Eu deixarei você me olhar, ela começou com um sorriso acanhado.

-NÃO! Espere... o que? Rony perguntou, engolindo em seco e olhando fixamente para ela com os olhos arregalados.

-Eu deixarei você me olhar, ela disse novamente, só que dessa vez, menos confiante do que soara primeiro, porque suas bochechas ficaram coradas também.

-Você está falando sério? Rony perguntou, sua voz grave e rouca de desejo. Ele tinha observado ela fazer isso uma vez antes, na vez que os dois tinham tomado um banho juntos no Largo Grimmauld e francamente aquela tinha sido a coisa mais sexy que ele já tinha visto. Aquilo tinha pedido cada milímetro de determinação e autocontrole que ele possuía para não perder o controle e ir direto ao ponto. De qualquer forma, ele tinha se esquecido de como respirar. E aqui estava ela oferecendo para fazer aquilo de novo. -Você irá... e eu... Eu posso ver? Bem... uh... você vai primeiro?

-Sem chance, Hermione exclamou, sabendo muito bem que qualquer distração da parte dela e ele esqueceria o acordo. De fato, eles estariam os dois distraídos, mas isso não era necessariamente uma coisa ruim. Verdade seja dita, isso estava soando mais atraente a cada segundo. -Agora que eu pensei sobre isso, talvez eu somente devesse cuidar de você eu mesma.

-Não, espere, Rony exclamou, quando Hermione saiu debaixo das cobertas e ficou de joelhos. -Você... Você não tem realmente que fazer isso, ele falou, mas mentalmente estava se chutando pelas palavras que saia de sua boca. Memórias das coisas que ela tinha feito nele com suas mãos naquela tarde na Sala Precisa apareceram em sua mente, adicionando combustível ao desejo que já o assolava. -Eu quero dizer... e você?

-O que tem eu? Hermione perguntou.

“Eu não quero que você se sinta privada de alguma coisa”. -Eu... er... bem... Eu não quero que você tenha uma ideia errada. Quero dizer, não foi por isso que eu pedi para você dormir aqui. Eu não tinha planejado... Eu não fiz isso só porque eu quero dar uns malhos em você. Eu não esperava fazer mais nada com você além de dormir.

-Eu sei, ela replicou, lambendo os lábios e estimulando-o com um olhar quase que predatório.

-Você... você sabe? ele balbuciou, ao registrar o brilho faminto nos olhos castanhos.

-Você estava preocupado que eu tivesse pesadelos e você queria tomar conta de mim.

-Sim... mas... agora você está aqui e... eu... er...

-E você quer tomar conta de mim de outra maneira? ela perguntou timidamente.

Mas Rony não era tolo. Ela podia soar embaraçada e tímida, mas seus olhos diziam algo totalmente diferente. “Ela sabe exatamente o que esta fazendo comigo e está aproveitando”, ele pensou, seus olhos descendo para o decote de sua camiseta, a qual havia escorregado pelo corpo dela enquanto ela se inclinava para trás levemente. “Ela parece uma maldita gata brincando com sua vítima antes de atacar”, ele murmurou para si mesmo, quando ela percebeu onde seus olhos estavam e ergueu-se antes que ele fosse capaz de ver realmente alguma coisa.

-Viu alguma coisa que queira? ela perguntou, passando a língua nos lábios e arqueando uma sobrancelha.

E assim, ele saiu de caça para caçador. -Você pode ter certeza que sim, ele exclamou, dando um bote para frente e prendendo-a com os pés na cama. -Sua garota atrevida. Não é bonito ficar provocando.

-Era isso que eu estava fazendo? Hermione perguntou, sorrindo para ele com doçura.

-Você sabe perfeitamente que sim, Rony replicou, seus olhos azuis percorrendo o corpo dela de alto a baixo até voltar a focar-se em seu peito.

-Tudo que você tem que fazer é pedir, Hermione falou suavemente, deitando-se embaixo dele.

-Talvez eu deva mostrar a você o que se sente ao ser provocado, Rony declarou, sua voz baixa e rouca com o desejo incontido. “Sim, isso é exatamente o que eu vou fazer”, ele decidiu, colocando uma mão no seu quadril, a outra em sua coxa, e virando-a de barriga para baixo num movimento fluido.

-Ron, Hermione exclamou surpresa, quando inesperadamente se encontrou encarando a pilha de roupas caídas nos pés da cama dele em vez dele. -O que você está fazendo?

-Te provocando, ele respondeu, aproximando-se ajoelhado para estender-se sobre o corpo dela.

-O que? Pare com isso, Hermione falou, ao sentindo peso dele sobre si. -Eu não posso ver o que você está fazendo.

-Eu sei, ele sussurrou, sua boca bem próximo à orelha dela. -Essa é a questão, ele disse baixinho, afastando o cabelo dela para o lado e beijando-a no pescoço. -Você confia em mim, não é?

-Sim, Hermione retorquiu.

A única resposta que ela recebeu foi um tremor leve quando ele abandonou seu pescoço e se afastou dela. No instante que ele voltou a ficar de joelhos e ela sentiu o peso dele saindo de cima dela, Hermione tentou se virar, mas Rony obviamente tinha esperado isso. Uma de suas largas mãos imediatamente a pressionou firmemente suas costas, mantendo-a no lugar. -Não, ele disse, - eu não terminei ainda.

-Terminou o que? Hermione perguntou seu coração dramaticamente acelerado. Ela sabia que ele nunca faria algo que a machucasse; que ele nunca faria algo que ela não quisesse. Ele só estava brincando. Ele queria provocá-la e estava fazendo um bom trabalho. Não saber o que ele faria em seguir tinha uma atração inesperada. De fato, isso era completamente excitante.

Sem aviso ela sentiu o peso que tinha sido posto em suas costas sumir quando Rony sentou-se, seus joelhos ainda um de cada lado de suas pernas. Ela sabia que se tentasse se virar novamente ele iria impedi-la, então somente ficou deitada lá, esperando por o que quer que viesse em seguida.

Ao se sentar, Rony aproveitou para admirar as coxas de Hermione porque poucas vezes conseguia ver algo mais que um lampejo deles. Eles eram esbeltos, elegantes, e a pele dela era de um tentador tom de moreno, não claro e cheio de sardas como o dele. Sem mesmo tomar realmente consciência de decidir fazer isso, seus dedos deslizaram para dentro do elástico da cintura da calcinha dela, descendo-a devagar, percebendo que a bunda dela era um pouco mais clara, mas ainda não tão pálida como a sua própria.

-Ron?

-Shhhh, ele murmurou, inclinando-se para frente e depositando alguns beijos suaves nas nádegas dela. Rony sentiu-a ficar arrepiada enquanto sua boca se movia delicadamente sobre a pele recentemente exposta e a resposta dela encorajou-o a se tornar um pouco mais audacioso.

Os beijos ficaram mais vigorosos e eram intercalados com as pinceladas que ele dava, na pele, com sua língua e sugava gentilmente. Enquanto ele se ocupava com uma das exuberantes nádegas, ele segurou a outra e massageou-a delicadamente. -Merlin, você é macia, ele sussurrou contra a pele dela, afastando a bunda de Hermione e descendo suavemente sua mão até seus dedos pressionarem a parte mais sensível dela. -Deus, Mione, ele gemeu, deliciado em descobrir que ela estava úmida e à espera, enquanto ele deslizava um dedo por suas dobras para explorar o centro pulsante dela.

-Oh deus, Hermione choramingou, arqueando o corpo instintivamente ao sentir o dedo dele a estimulando.

-Tão molhada, Rony murmurou, retirando seu dedo, somente para colocá-lo de volta novamente. -Molhada para mim, ele falou com a voz rouca. -Você me quer. Você quer isso, ele gemeu, colocando um segundo dedo dentro do corpo dela.

“MERDA”! Rony xingou dentro de sua cabeça, ao olhar para baixo e observar seus dedos entrando e saindo do corpo apertado de Hermione. Ele queria provocá-la e de alguma forma ele acabou atormentando a si mesmo ainda mais. O desejo de retirar seus dedos e colocar no lugar deles seu membro latejante, o qual estava pressionando a calça do seu pijama, era quase irresistível. Ele tinha que parar. Ele tinha que distrair-se ou ele era capaz de perder a cabeça, arrancar o resto de suas roupas, e transar com ela.

Sem aviso, as mãos de Rony abandonaram-na abruptamente e Hermione sentiu o colchão balançar quando ele deitou-se de costas com um gemido de frustração.

-Por que você parou? ela perguntou, girando a cabeça e olhando fixamente para ele sobre seu ombro.

-Não podia..., ele murmurou seu peito subindo e descendo de acordo com a respiração rápida e difícil dele. -Só... preciso de um minuto, ele continuou, fechando seus olhos com força e tentando manter seus hormônios desenfreados sob controle.

-Oh eu entendo, Hermione riu, quando seus olhos desceram pelo corpo dele e fixaram-se na barraca armada na calça do pijama. -Levou você mesmo à loucura, não foi? Ela perguntou, rolando e ficando de joelhos para dar a ele um sorriso malicioso. -Parece que eu vou ter que cuidar de você depois de tudo, adicionou, inclinando-se e deslizando seus dedos para o cós das calças dele.

-Vendo algo que queira? Rony perguntou, abrindo os olhos e fazendo eco às palavras que ela dissera antes com um sorriso convencido.

-Eu estou quase vendo, ela respondeu com uma risada sincera, puxando as calças dele.

Rony imediatamente levantou seu quadril para deixar mais fácil para Hermione retirar suas roupas. Completamente nu, ele observou-a atirar suas roupas para o lado e umedecer seus lábios com a língua.

-E você? ele perguntou, esperando que ela entendesse o que ele estava sugerindo e tirasse sua camiseta, que escondia a maior parte do corpo dela.

-Esqueça de mim, ela disse, afastando as pernas dele e ajoelhando entre elas. -Você tem coisas mais importantes para se preocupar, falou, seus olhos presos nos dele, em vez de no foguete rígido, ereto no ar em frente a ela.

-Oh deus, ele gemeu em antecipação, enquanto observava a língua dela umedecer os lábios mais uma vez. “Por favor”, implorou em sua mente, “oh por favor”. Ela só tinha usado sua boca nele uma vez antes e tinha sido melhor do que ele havia imaginado.

Ele não tinha mais nada a fazer a não ser deitar-se e observá-la. De algum modo, sem mesmo realizar que isso tinha acontecido, Hermione tinha arrancado as forças dele. Ela estava no controle da situação; no controle dele. A felicidade dele dependia dela e nesse momento específico ele seria capaz de fazer qualquer coisa que ela pedisse.
Mas ela não pediu nada. Ela simplesmente olhou para baixo por um momento como se ele fosse um complicado problema de Aritmância que precisava ser considerado sob diversos ângulos. Rony observou, com olhos arregalados, quando ela parou de pensar e estendeu-se para frente para passar um dedo lentamente sobre sua extensão.

-Por favor, ele implorou, seu coração batendo descontrolado no peito.

-Você irá me avisar, certo? ela perguntou, envolvendo seus dedos firmemente em volta de sua base, e então movimentando sua mão para cima, só para empurrá-la para baixo em seguida.

-SIM! Ele exclamou, mas a despeito de suas garantias, ela parou seus movimentos. -Por favor, ele protestou, deixando sua cabeça cair no travesseiro, frustrado. “Ela está tentando me matar”.

-Por favor, o quê? ela perguntou travessa.

-Você sabe o quê, ele suspirou.

-Eu sei, Hermione admitiu, sentindo-o estremecer em sua mão quando ela se inclinou para frente e deslizou sua língua devagar pelo seu membro. -Mas eu não vou fazer a menos que você peça.

-Use sua boca, Rony praticamente gritou. “Oh deus, por favor,”, ele pensou, gemendo baixinho quando ela se inclinou novamente e seu cabelo caiu na frente de seu rosto, tapando-lhe a visão.

Ele não podia ver o que ela estava fazendo, mas ele podia, definitivamente, sentir. Os lábios suaves dela estavam agora pressionados contra sua carne sensível, beijando-o ternamente, da ponta até a base. A boca de Hermione era a coisa mais deliciosa que ele alguma vez sentiu. Suave e gentil; quente e úmida. Ele podia sentir a respiração quente dela sobre ele momentos antes de sua língua começar a prová-lo novamente.

-OH DEUS! Rony gritou, quando sentiu os lábios dela se fecharem contra a cabeça sensível e sugá-lo com força. Ela definitivamente tinha deixado a parte de provocar para trás. Ele, na verdade tinha se agarrado aos lençóis para impedir-se de segurar a cabeça dela.

-Gostou disso, não foi? Hermione perguntou, soando mais que satisfeita consigo própria. -Vamos ver do que mais você gosta, ela sussurrou, agarrando-o firmemente com uma das mãos.

Quando ela passou a língua sobre sua carne pulsante e experimentou girá-la em volta da cabeça, Rony pensou que provavelmente iria morrer, tamanho desejo que assolava seu corpo.

-Oh... Merlin... sim..., ele gemeu, quando ela se aproximou e sua boca pecaminosa, agasalhou seu membro. “Tão quente... tão molhada... tão bom”, sua mente exclamou.

Tomou toda centelha de força que ele possuía para não se mexer e acelerar as coisas, mas ele sabia que tinha que deixá-la fazer as coisas em seu próprio ritmo. Mesmo se isso fosse agonizantemente lento.

Quase como se ela tivesse lido sua mente e decidido puni-lo por seus pensamentos, Hermione começou a bombear sua cabeça para cima e para baixo vagarosamente. Isso era praticamente uma novidade para ela e ela estava relutante a ir mais rápido com medo de fazer algo errado e acabar machucando-o.

“Devagar e sempre, se ganha uma corrida”, ela pensou, quase rindo com o absurdo do comentário espontâneo que logo surgiu em sua cabeça. “Isso não é uma corrida, e mesmo que fosse, devagar e sempre não iria resolver”, ela lembrou-se, voltando a se movimentar, experimentando um pouco mais de vigor e ritmo, enquanto escutava os sons que Rony estava fazendo num esforço para descobrir o que ele mais gostava.

Seus gemidos pareciam mais baixos e mais frequentes quando ela agarrava-o mais intensamente, então ela decidiu tentar aquilo. Ela não era capaz de se movimentar tão rápido como conseguia quando suas carícias eram mais leves, mas se os gemidos guturais dele indicavam alguma coisa, isso não importava muito.

Agora que ela movimentava sua cabeça com energia, Rony podia sentir o cabelo dela passando sobre sua barriga, fazendo algumas cócegas e adicionando mais algumas sensações aquelas que ele já experimentava. Infelizmente isso também impedia sua visão e ele queria observá-la. Ele queria ver os suaves lábios rosados dela envolvendo seu membro grosso. Ele queria ver os movimentos que ela fazia. Ele queria ver a si próprio entrando e saindo daquela boca deliciosa, então, sem aviso, ele se inclinou para frente e afastou os cabelos dela para o lado.

Pega de surpresa, Hermione imediatamente parou o que estava fazendo e se afastou dele.

-Não, por favor, Rony implorou, estremecendo levemente quando o ar frio da noite bateu contra sua pele úmida. -Não pare. Eu... Eu só... quero ver você.

-Eu não sei se serei capaz de fazer isso se você ficar me olhando, Hermione admitiu, desviando seus olhos enquanto corava.

-Tudo bem, Rony falou, fechando seus olhos e voltando a deitar rapidamente. -Eu não olho, adicionou, batendo mentalmente em sua própria cabeça. “IDIOTA! Você tinha que deixá-la desconfortável. Espero que esteja contente. Você estava tão perto, mas você tinha que olhar. OH DEUS! Por favor, não pare. Por favor. Por favor. Por favor”.

Rony estava tão aliviado em senti-la voltar a se aproximar e recolocá-lo dentro de sua boca que ele podia ter gritado. O único problema era que ela não se mexia. Ele esperou ansioso, mas nada aconteceu. Um momento agonizante se passou, depois outro e ainda nada acontecia, então ele arqueou os quadris para cima, só para ver o que ela faria. Ela não se afastou, então ele se impulsionou um pouco mais, lentamente se empurrando para dentro da boca de Hermione. Quando quase a metade dele já tinha entrado, ele abaixou o quadril lentamente, só para empurrá-lo para frente novamente.

Por um instante a imagem dele, de joelhos, suas mãos agarradas nos cabelos cheios de Hermione, mantendo a cabeça dela no lugar enquanto ela lhe fazia sexo oral, passou por sua mente. Mas ele forçou-se a colocar isso de lado e resistir à vontade de acelerar seus movimentos. “Se você tentar algo assim, irá assustá-la”, ele lembrou-se, enquanto sossegava sobre o colchão e esperava que ela fizesse o próximo movimento.

Quando ela, finalmente, começou novamente a se movimentar, foi dolorosamente devagar. A princípio o ritmo dela era um pouco irregular, muito porque ela ainda tentava verificar se ele estava olhando. Toda vez que ela olhava, os olhos dele estavam bem fechados, então, depois de algum tempo ela decidiu que era seguro e aumentou sua velocidade. Nesse instante enquanto, simplesmente, corria a língua sobre toda sua extensão e passava sua boca sobre ele, ela decidiu tentar algo um pouco diferente. Empurrou sua cabeça para baixo, sugou-o com forca e instantaneamente ganhou um gemido estrangulado de prazer.

Sentindo-se um pouco mais confiante, Hermione envolveu a base do membro de Rony com uma das mãos e aumentou seu ritmo, traçando seu comprimento com sua língua enquanto empurrava e sugando-o enquanto puxava de volta. Então, por razões que ela nunca realmente entendeu, ela passou a pressionar sua mão livre contra as bolas dele.

A reação foi instantânea. Não somente Rony ofegou surpreso, ele também pulou. Seu corpo inteiro estremeceu enquanto se arqueava, enfiando todo seu membro na boca de Hermione, no processo. Ela engasgou quando ele bateu contra o fundo de sua garganta e sentindo-a contorcer a língua em volta dele, foi o suficiente para levar Rony ao limite.

Sem aviso, a fonte que tinha estado serpenteando dentro dele se rompeu. Estrelas explodiram nos olhos de Rony e antes que ele pudesse evitar, o fogo onde ele queimara, momentos antes, inflamou a sua lança e ele gemeu alto enquanto o seu alívio passava por ele.

Pega de surpresa, a Hermione sé restou uma opção, engolir ou cuspir. Embora no final, tenha feito um pouco dos dois.

-De... des...desculpe, Rony ofegou, seu rosto vermelho, não só por causa da intensidade do seu orgasmo, mas também de aflição. -Eu... não queria... esperava... deus..., ele hesitou e gemeu novamente. -A sensação... maravilhosa. Desculpe, repetiu rapidamente, quando percebeu os olhos arregalados de Hermione, encarando-o.
-Eu não tinha planejado fazer isso, ela declarou, enquanto passava as costas de sua mão por sua boca.

-Desculpe, Rony gaguejou novamente. “Inferno sangrento. Por favor não me azare”, ele pensou, tentando não se encolher ao buscar fôlego.

De qualquer modo, em vez de alcançar sua varinha, Hermione inesperadamente se jogou sobre ele. Por um segundo, Rony pensou que ela estava tentando esmurrá-lo até a morte em vez de perder seu tempo procurando um feitiço apropriado, mas aparentemente ela tinha uma ideia completamente diferente. Metade do ar em seus pulmões foi forçado a sair quando ela caiu sobre ele, mas ela não esperou que ele se recuperasse. Enquanto ele tentava recuperar o fôlego, a boca de Hermione fechou-se sobre a dele. Levou um momento até que ele percebesse que ela não estava tentando sufocá-lo. É claro que o fato da língua dela ter invadido sua boca e buscado a sua própria, ajudou um pouco para isso.

“Ela não está brava, ela está excitada”, ele pensou, antes de começar a corresponder ao beijo. Nesse momento então, ele sentiu que ela tinha um gosto diferente e percebeu o por que. De alguma forma, saber era perturbador e excitante ao mesmo tempo. “Melhor não pensar muito sobre isso”, ele decidiu, passando seus braços em volta dela e rolando-os até ficar sobre ela.

-Sua vez, ele murmurou, colocando suas mãos dentro da camiseta de Hermione e arrastando seus dedos pela lateral do corpo dela e sobre seus seios entumecidos, enquanto continuava a devorar seus lábios. -Eu quero ver você, ele declarou, afastando-se do corpo dela e sentando-se sobre ela. Ele não esperou que ela respondesse ou desse a ele permissão. No instante que se ergueu, Rony agarrou a barra da camiseta que ela estava usando e levantou-a até que ambos os seios dela estivesse expostos. -Merlin, você é linda, ele suspirou, aproximando-se e tocando-a com seus dedos com reverência.

Os olhos de Rony escureceram com reanimado desejo e ele inconscientemente lambeu seus lábios quando os mamilos dela endureceram diante de seus olhos. Poucos segundos antes, seu único pensamento era o de arrancar a camiseta dela, mas agora, a camiseta estava totalmente esquecida enquanto ele se inclinava e segurava os seios dela em suas mãos. “Isso é extremamente brilhante”, pensou, passando os polegares para frente e para trás nos mamilos dela. Ele teria, alegremente, passado o resto da noite atento somente nos doces morros dela, mas Hermione estava impaciente e queria a atenção dele diretamente em outra parte.
-Ron, por favor, ela sussurrou, contorcendo-se embaixo dele.

-Por favor o que, ele perguntou divertido, tirando sua mão do seio esquerdo dela, então inclinando-se e beijando-o gentilmente. “Vamos ver se você gosta quando a situação se inverte”, ele pensou, prendendo o mamilo em sua boca, e lambendo-o antes de começar a sugá-lo.

-Eu... Eu quero..., Hermione murmurou.

-O que você quer, amor? ele perguntou, enquanto descia seus beijos dos seios dela para o vale entre eles.

-Eu quero... Eu me sinto tão incompleta, ela respondeu, seus dedos correndo apaixonados pelos cabelos vermelhos dele. -Eu preciso de você... Eu quero que você... Eu quero sentir você dentro de mim.

“Não é isso que ela quer dizer”, Rony se repreendeu, descendo sua mão direita pela barriga dela, até alcançar as pernas enquanto seu membro revitalizado latejava significativamente.

O coração de Hermione martelou contra seu peito quando ela sentiu os dedos de Rony sondando no meio de suas pernas. O corpo dela começou a tremer todo de antecipação. As tentativas anteriores dele de 'provocar' tinham excitado, mas não era nada comparado ao fogo que ardia dentro dela agora. Saber que ela tinha o poder de levá-lo ao limite e fazê-lo perder o controle era intoxicante, mas os sons que ele fez enquanto ela cuidava dele... eles eram extremamente sexy. Ela estava além de excitada, seu corpo estava, na verdade, ansioso por ele.

-Oh deus, Hermione gemeu baixinho, arqueando seu corpo suavemente e pressionando-o contra a mão dele. Rony tomou as ações dela como um convite e imediatamente penetrou dois de seus dedos dentro dela.

-Oh merda, ele gemeu alto, enquanto colocava e retirava seus dedos, deliciado em descobrir o quanto ela estava excitada. -Você está tão molhada.

-Isso não é suficiente, Hermione protestou, quando ele se inclinou para beijar sua cintura. -Eu preciso de mais.

-Está bem, amor, Rony respondeu, saindo dela com um riso fraco. “Sem mais provocações”, ele pensou, separando rapidamente as pernas dela e ajoelhando entre elas, determinado a fazer qualquer coisa para levá-la ao clímax. Ele continuou a usar seus dedos nela, fazendo-a contorcer-se enquanto ele abaixava a cabeça beijava a parte interna das coxas dela. Ele moveu sua boca devagar sobre ela e quando sua língua finalmente encontrou o centro e mergulhou dentro da passagem úmida, Hermione na verdade arremeteu-se contra ele com uma exclamação de prazer.

As exclamações sensuais dela somente serviram para alimentar sua própria necessidade crescente e por um momento Rony realmente esqueceu que era suposto que ele estivesse satisfazendo-a em vez de estar fazendo suas próprias vontades. Felizmente o pulsante ritmo de seus dedos combinado com os movimentos e a pressão de sua língua enquanto ele se banqueteava dela, era suficiente para levá-la ao final. Só depois que ela gritou seu nome e estremeceu embaixo dele, foi que Rony percebeu que Hermione adicionara seus próprios dedos para estimular a si própria.

“Merda”, ele xingou, irritado consigo mesmo por ter se distraído com seus próprios desejos em vez de cuidar dos dela. -Me desculpe, amor, ele resfolegou. -Desculpe por eu ser um maldito inútil que só pensa em si mesmo.

-Venha cá, Hermione falou, agarrando seu braço e forçando-o a se deitar ao lado dela. -Nós não terminamos ainda.

-Não? ele perguntou, pego de surpresa, mas fazendo o que ela pediu, apesar disso.

-Me beije, Hermione ordenou, segurando nos ombros de Rony no instante que ele ficou ao seu lado e puxou-o para cima dela.

“OH PORRA”! A mente de Rony gritou, quando Hermione jogou suas pernas em volta dele e ele inesperadamente se encontrou aninhado entre elas. -ESPERE! Ele exclamou, quando sua ereção acidentalmente roçou contra a intimidade úmida de Hermione, causando espasmos de prazer por todo seu corpo. “Tão perto. Eu estou tão malditamente perto. Tudo que eu tenho que fazer e me aproximar um pouquinho e... NÃO! Nós não podemos”.

-Eu não quero esperar mais, Hermione falou, antes de beijá-lo profundamente.

“SIM”! Uma voz dentro de sua cabeça gritou triunfante.

“NÃO! NÃO! NÓS NÃO PODEMOS”! Ele argumentou consigo mesmo. “A poção”.

“MALDITA POÇÃO DESGRAÇADA!”

-Hermione? Rony murmurou contra os lábios dela, antes de afastar seu rosto, -O que você está dizendo? E sobre a... a poção?

-Está cozinhando, ela respondeu rápido, seus olhos escurecidos e brilhantes de desejo. -Ficará tudo bem, assegurou-o. -Nós podemos somente coletar o que precisamos e adicioná-los agora. Bem, amanhã..., emendou, -a menos... não, agora provavelmente seria melhor. Nós podemos adicioná-los essa noite.

-Mas... mas a poção ainda não está terminada. Você apenas começou, pelo amor de Merlin, e...

-Isso não tem importância, ela insistiu, -Isso provavelmente não fará muita diferença nesse ponto.

-Mas... Rony balbuciou seu coração frenético de excitamento. Ele a queria com tanta urgência e aparentemente ela o queria também, mas estava tudo acontecendo tão rápido que ele não conseguia pensar.

E não ajudava que sua libido o empurrasse para frente e que sua mente continuasse gritando coisas como, “VOCÊ A OUVIU, ELA ESTÁ PRONTA”! e “NÃO ARRUINE ISSO! CALE-SE E ATENDA-A! AGORA”!

Teria sido tão fácil sucumbir a isso e colocar-se dentro dela. Ele estava tão perto da entrada, tudo que ele tinha que fazer era mover-se um pouco e empurrar seu quadril, mas ele estava nervoso. Ele estava mais que nervoso, na verdade ele estava atormentado. O sentimento inoportuno que alguma coisa pudesse dar errado não o deixava.

-MALDITA POÇÃO ESTÚPIDA! ele gritou alto, ao lembrar-se do que o estava impedindo.

-Isso não vai modificar muito a poção, Hermione replicou, enquanto ela se insinuava embaixo dele.

-Muito? Rony exclamou horrorizado. -Eu sei o suficiente do preparo de poções para saber que não vai funcionar. Tudo tem que ser na quantidade exata e adicionado no momento certo, senão a coisa toda estará arruinada.

-Não, Hermione discordou. -Isso irá alterar um pouco, é verdade, mas eu sou capaz de compensar isso e balancear tudo então na hora que estiver terminado eu irei...

-Mas..., Rony gaguejou.

“MAS O QUE”! Sua libido exclamou. “VOCÊ OUVIU O QUE ELA DISSE! ELA PODE CONSERTAR E NÓS A QUEREMOS, ENTÃO CALE ESSA BOCA E TRANSE COM ELA!”

-Hermione... só para esclarecer, então... você tem certeza de que está pronta? ele perguntou, olhando para ela desconfiado.

-Você não quer? Hermione questionou, olhando um pouco magoada.

“SIM, MAS ESSE CHATO ESTÚPIDO ESTÁ NOS FREANDO! PARE DE ANALISAR TUDO! VOCÊ ESTÁ SE TRANSFORMANDO NELA”!

-Mais do que você possa imaginar, Rony sussurrou tristemente.

-Mas?

-Eu...er.., Rony balbuciou.

“TRANSE COM ELA!” sua libido guinchou em sua cabeça.

“NÃO POSSO”! Ele devolveu. “Eu não poderei realizar a menos que ela seja virgem”.

“ESTRAGUE TUDO”!!!!!

-Eu... hum... penso que nós podíamos esperar, Rony murmurou enquanto sentava sobre os joelhos e se afastava dela. -Você sabe... fazer isso direito.

-Direito? Hermione perguntou, apoiando-se nos cotovelos e encarando-o com a testa franzida em confusão.

-Eu... bem..., Rony tartamudeou. -A poção... Quero dizer, eu pensei que nós... nós meio que podíamos... você sabe, casar primeiro. Quero dizer, são só mais algumas poucas semanas e bem, eu pensei algo mais romântico, ou coisa assim.

-Oh, Hermione falou, instantaneamente sentindo-se melhor. “Ele quer que seja romântico. Que fofo. Inconveniente, mas fofo”. -Hum... nós ainda termos que fazer isso antes de beber a poção. Você entendeu isso, certo? ela perguntou.

-Sim, ele admitiu, -mas... bem... hum... nós ainda podemos realizar o Lànain primeiro.

-Ron! Hermione exclamou seus olhos dardejando significativamente.

-Nós iremos nos casar de qualquer forma, ele disse, como se isso justificasse seu comentário, -e eu quero proteger você.

-De que? ela perguntou, abaixando sua camiseta até que estivesse completamente coberta e dando a ele um olhar cético.

-Você perguntou sobre o meu Bicho-papão, Rony respondeu, desviando seus olhos de propósito e focando-os na colcha de retalhos que cobria sua cama antes de continuar. -Eles não só matam você, ele sussurrou com a voz estrangulada. -Eles... eles subjugam você primeiro. É nisso que ele se transforma, ele admitiu relutante. -Você nesse momento. Depois deles forçarem você a... fazer coisas; depois de terem arrancado de você sua dignidade e machucado você tanto que você... que você implora a eles para acabar logo com a sua miséria. Eu não posso deixar isso acontecer, ele falou, mais pra si mesmo do que para ela. -Eu não vou.

-Você está falando de estupro? Hermione perguntou, seus olhos arregalado de terror, tanto pelo pensamento quanto pela expressão de pânico no rosto de Rony.

“Somente sobre a porra do meu cadáver”! Rony pensou seu rosto endurecido de determinação. -Eles são uns monstros, Hermione. Bárbaros tinham que estar presos há muito tempo. Presos por assassinatos, torturas e coisa pior. Eu não quero que isso aconteça com você. Eu não vou deixar. Não enquanto eu puder prevenir isso. Você tem que me deixar fazer isso, ele implorou ajoelhando-se novamente na frente dela. -Você tem que me deixar protegê-la. Eu retiro o feitiço... Eu retiro e livro você no segundo que você me pedir para fazer, eu juro que faço. Eu não quero prendê-la contra sua vontade ou qualquer coisa do tipo, ele assegurou-a. - Isso não tem nada a ver com domínio, controle ou nada disso. Eu sei que posso ser um estúpido ciumento, mas não é nada disso. Eu juro, não é. Eu só... eu quero manter você a salvo. Nós iremos nos casar em breve e é minha responsabilidade cuidar de você e... por favor Hermione, ele falou, olhando para ela suplicante, -somente pense sobre o assunto. Quero dizer, pense realmente sobre isso antes tomar uma decisão, por que...

-Tudo bem, Hermione respondeu com um suspiro alto. -Eu irei pensar sobre isso, adicionou. -Mas eu não vou prometer nada.
-Verdade? Rony exclamou surpreso. -Você vai mesmo pensar sobre isso?

-Eu falei que ia, não foi? ela devolveu. “Mas não vou tomar nenhuma decisão antes de ter lido sobre isso e saber com o que eu estarei concordando ou discordando”.

-Me desculpe, Rony falou, deitando-se ao lado dela e deixando sua cabeça cair novamente sobre o travesseiro. -Eu não queria acabar com o clima e tudo mais.

-Está tarde, Hermione respondeu, alcançando sua calcinha e recolocando-a antes de se ajeitar sob as cobertas. -Talvez nós devêssemos dormir um pouco de qualquer modo. Você terá um dia cheio amanhã.

-Amanhã é sábado, ele lembrou-a, deslizando para baixo das cobertas sem roupas. -Nós podemos dormir tanto quanto quisermos.

-Mas nós temos detenção e você tem Quadribol, e você ainda precisa terminar o seu trabalho de Transfiguração.

-Eu não posso fazer isso no domingo? ele perguntou esperançoso.

-Você já terminou o seu trabalho de História da Magia?

-Não, Rony grunhiu, sabendo o que viria em seguir.

-Você ao menos começou?

-É claro que eu comecei, ele respondeu, -mas é tãoooooooooo chato. Quem se importa sobre o entediante Conselho dos Dezesseis-qualquer-coisa e por que aqueles centauros malucos preferiam ser classificados como 'Feras' em vez de 'Criaturas'? Eles não fizeram nenhum sentido, porque eles são doidos, todos eles. Isso é tudo que eu preciso saber.

-Sim bem, você irá saber muito mais sobre eles na noite de segunda, ela retorquiu, enquanto se ajeitava ao lado dele e virava de lado, de cara para as cortinas, -porque seu trabalho tem que ser entregue na terça de manhã.

-Hermione? Rony falou baixinho, enquanto passava o braço pela cintura dela e puxava-a de encontro ao seu corpo.

-O que?

-Você quer me enlouquecer? ele perguntou.

-Não, ela respondeu, agarrando a mão dele e entrelaçando seus dedos.

-Mione?

-Sim?

-Obrigado, amor. Eu vou dormir bem essa noite.

-Eu também, ela respondeu, satisfeita que ele não pudesse ver o seu sorriso. -Agora cale a boca e vamos dormir.