quinta-feira, 21 de novembro de 2013

Só por hoje

Oi gente...quanto tempo né?
É frustrante perceber que eu só escrevo aqui quando estou deprimida. Aliás, eu criei o blog exatamente com esse propósito. Poder desabafar coisas que eu não podia falar...porém, ao contrário do que eu imaginava no início o blog tomou proporções muito grandes e muuitas pessoas passaram a acompanhar minhas postagens e como os textos se tornaram "públicos" demais eu parei de escrever.
De vez em quando eu voltava e escrevia algo só para descargo de consciência, mas bem, sei que não é a mesma coisa do que escrever por prazer como eu fazia no começo.
Não sei nem como começar a escrever este texto, em parte porque também não sei o que estou sentindo na verdade. É uma mescla de sentimentos em que cheguei a um ponto de não saber onde começa um e termina o outro. Quero tudo e não quero nada ao mesmo tempo.
Essa semana foi simplesmente horrível. Parecia até que eu estava de tpm, porque chorei dias a fio. Não de raiva como é meu costume, mas de pura tristeza. Parece que todas as más notícias que eu poderia receber, eu recebi, Deus, não sei como sobrevivi até hoje. Isso é uma coisa que eu nunca entendi...como o sol pode brilhar independente de quaisquer coisas que aconteçam. Mesmo quando não existe vida pra mim, o sol está lá fora brilhando. E de repente, eu que esperei tão ansiosamente que chegasse logo o verão não sinto vontade alguma de ir lá para fora e aproveitar o calor. Gostaria simplesmente de ficar amuada na minha cama, sozinha, sem falar com ninguém, simples assim. Mas não tão simples para o resto da humanidade. Porque a vida continua a despeito de tudo. Não importando quanta dor e mágoa você traga no peito, ainda tem que levantar da cama, trabalhar, arrumar a casa, cuidar dos filhos. Mesmo que cada uma dessas ações sejam atos mecânicos e que você não sinta a menor vontade de fazer nada disso.
Na época do vestibular pensei seriamente em fazer Psicologia, porque acredito que poderia fazer um bom trabalho como psicóloga, e não posso deixar de me auto analisar todos os dias. Será que isso pode ser um início de depressão? Ou é só uma tristeza imensa, que parece não ter fim?
Honestamente, me sinto como se tivesse caído em um buraco bem fundo e estivesse lá embaixo, sem saber como sair e sem poder enxergar a luz que brilha lá em cima. Tenho nojo das pessoas, da hipocrisia que insistem em ostentar. Pessoas que acham que todos são otários e não percebem as mentiras e desculpas que usam para encobrir falhas de caráter. Mas quem sou eu, não é? Para falar em falhas de caráter até porque, certamente devo ter várias também. O fato é que prefiro me calar a mentir. Eu posso não responder o que gostaria em muitas ocasiões, mas isso também não me compele a mentir descaradamente. Se eu precisar falar algo, falo a verdade. Se não puder, fico quieta. Isso me incomoda profundamente nas pessoas. Me tapo de nojo com as barbaridades que vejo acontecer diariamente debaixo do meu nariz.
Mas me sinto de mãos e pés atados, sem nada poder fazer para mudar tal situação. Lá debaixo do meu buraco não posso fazer nada, mesmo que queira. Não tenho mais vontade, nem forças, nem fé.
Talvez seja esse o problema também...perdi a fé que eu tinha. Nas pessoas, na vida, no amor. Nada disso tem qualquer importância, só há uma coisa que movimenta o mundo, e essa coisa chama-se dinheiro. É difícil viver desta forma, sem qualquer ânimo ou meta para curto prazo, até porque todas as minhas metas parecem fugir de mim, cada vez que estou prestes a alcançá-las. Talvez elas estejam brincando de pega-pega. Talvez Deus tenha decidido que seria interessante colocar à minha frente uma corrida de obstáculos. Só rezo para que Ele, em sua infinita misericórdia me dê forças para suportar a caminhada. Estou como um integrante dos NA, vivo cada dia só por hoje, tentando ao máximo reunir forças para levantar a cada manhã e começar um novo dia.