Aranhas x Irmãs Zeni.
Não me pergunte como, mas minha irmã, Amanda, decidiu fazer uma limpeza em seu quarto em nossa casa de praia. Lá, ela tirou o colchão da cama de solteiro e de lá algumas... Hmmm... Quatro aranhas de diferentes tamanhos e cores saíram correndo. Olhei para as aranhas e para minha irmã. Amanda estava mais branca do que neve e seus olhos estavam arregalados como nunca vi. Ela tem pavor de aranhas...
Bom, foi aquele fuzuê. Eu peguei um chinelo e matei trezentas aranhas enquanto ela segurava o colchão. Quanto mais eu matava, mais daquelas pestes apareciam. E olha que elas são rápidas.
Então minha irmã teve a brilhante ideia de tirar o estrado da cama, e novamente, de lá saíram ainda mais aranhas e ainda dos mais variados tamanhos e cores. Novamente lá fui eu matar aquele emaranhado aracnídeo. Sério, nunca vi tantas aranhas juntas.
Depois de terminarmos com a cama, passamos para um criado-mudo de madeira. Abri a primeira gaveta. Nada dentro. Nada se movendo. Abri a segunda gaveta. Duas aranhas. Tirei a gaveta e a segurei para batê-la contra a parede, mas minha irmã começa a berrar:
- Solta! Solta! Soltaaaaaa! Aranhaaaaaaaa!!!!!!
Certo, com essa eu soltei a gaveta no chão e pude ver uma aranhinha de jardim vermelha e pequena. Matei-a e depois matei as outras duas que estavam dentro da peça do criado-mudo.
Na terceira e última gaveta, assim que a abri, encontrei um escorpião petrificado e mais uma penca de aranhas. Tirei a gaveta e foi aquela correria. Bate pés ali, bate pés acolá. E então partimos para o guarda-roupas.
Passei a vassoura por trás dele e algumas aranhas se rebelaram e correram, mas consegui pegá-las com minha Super Havaianas. Na hora de passar a vassoura por baixo do móvel, acredito que Amanda tenha começado a rezar.
De lá, saíram mais algumas aranhinhas que consegui pegar, mas o pior foi quando ela começou a berrar de novo e me puxou pelo braço. Uma aranha – filha de uma cadela manca – estava prestes a escalar meu tornozelo.
Depois de matar mais esta – volto a lembrar que ela é uma vadiazinha desgraçada escaladora de tornozelo alheio – segui para olhar os cantos das paredes. E adivinhe: Wooooooa, mais aranhas!
Matando mais algumas, fui sacudir uma rede de praia que temos, e adivinhe: Encontrei a Rainha das Aranhas lá. Você não tem ideia do tamanho daquele aracnídeo maldito. Era mais ou menos do tamanho de uma bola de tênis, e branca. Sinceramente, nunca vi coisas iguais.
Matando a Rainha Mãe, fomos sair do quarto quando Amanda olha pra cima e encontra outra aranha. Caramba. Lá fui eu com uma vassoura matar a bendita. (Infelizmente a aranha, não minha irmã). Acredito que eu tenha batido na portinha do sótão, porque caiu muita poeira em cima de mim, e mais algumas aranhinhas (que eu deixei de comentar a parte das aranhas para a Amanda, porque se eu falasse, ela teria desmaiado).
Com toda essa penca de aranhas mortas, ela achou mais três na parede. Lá fui eu novamente.
Depois de tudo isso, e de tantas mortes, acredito que tenhamos acabado com a geração atual de aracnídeos que viviam naquele quarto. Pelo menos eu espero, pelo bem da Amanda...
- Alicia Zeni, a Exterminadora de Aracnídeos (e outros seres vivos que minha irmã tem pavor).